Monday 24 October 2011

The Box - 2nd post

In one of my first weeks here I had the chance to participate in someone else's world, or should I say box? Have a look…


For who doesn’t know, this is a pavilion designed by the Swiss architect Peter Zumthor. It’s a project from the Serpentine Gallery. Every year, during the summer this gallery invites an important architect to build up something in the provided space at Hyde Park, London. This year, I had the chance to visit it. But what should one expect from a black big box in the middle of the green field? I was curious to find out what waited for me in the inside. When I got there, the surprise…


Inside the black box, he placed a garden. Around the garden, some tables and chairs where people could sit and observe… observe the garden! At the top of the box there was a rectangular big hole where one could se the sky. Not as big as the whole surface of the pavilion but big enough to see a great part of the sky.


At first, I thought it was ironic, why to come inside to appreciate a garden if we could go outside and have the whole Hyde Park? But this did not seem to bother other people. Actually, they were pretty concentrated in talking and looking the green.  But then I realised, how often, when going to a park, we REALLY stop and look into the flowers, the leaves, the details, or even the sky? Did you look the sky today?

And this is not a romantic appeal for you to leave the building and see the sky, you probably had something more important to do. The issue here is how the architect made tangible and concrete something that is so familiar and so not known about the human being: we need frames! You can be an anthropologist and call it culture, a businessman and call it career plan, a mom and call it education… you can choose whatever you prefer… But can you recognise the box? I am not asking you to leave it. I am not even saying that you could (where to start without the frames?). I am just asking, can you see it?





8 comments:

  1. my latest frame has been the attempt of getting rid of my glasses (2.5 myopia)! Reeducating the eyes based on the hypothesis that a great part of bad eyesight starts at the mindset, and not at the physiological level (google Bates method) how's that? anthropticologic, huh?
    xoxo from Rio

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  2. Esse eu preciso dividir com o Javi! ;)

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  3. João, my dearest guru,
    Did you know that up to the XIII/XIV century people didn’t use glasses?
    We usually tend to think that they were seeing less... I like to think that they were watching something else! I am not sure what you will see without the glasses, but I am curious to find out... let’s play with our frames ;) xxx

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  4. Felipsssss, manda ver! depois quero saber o que ele achou! xxx

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  5. caroll!
    dá pra refletir por um bom tempo sobre os nossos frames...
    seu post me lembrou do documentário janela da alma do saramago..que fala da cegueira generalizada e das diferentes formas de enxergar o mundo. E mal ou bem, é o que esse arquiteto resolveu fazer ao tentar "educar" ou "forçar" o olhar das pessoas para verem o extraORDINÁRIO de todos os dias..

    Mas voltando ao documentário, o seu post me lembrou o depoimento de um dos entrevistados, o cineasta Wim Winders, que diz precisar, literalmente, de "frames" para enxergar o mundo. E que quando ele foi usar lente e tirar os óculos, não conseguiu se adaptar por "ver demais ao seu redor". Ele sentiu falta da restrição do seu olhar, e precisava de volta do "enquadramento" do óculos. que obviamente, vai além da restrição literal dos frames. O trecho tem no trailer, mas vc deve lembrar :)
    http://www.youtube.com/watch?v=47VEtw2JMU0

    O post me lembrou também a palestra da brasileira Julia Bacha no TED do Ramallah, que fala sobre as diferentes narrativas que criam a nossa visão e percepção do mundo. Ela traz a explicação psicológica do confirmation bias (acho que são os nossos frames) que reforçam o nosso ponto de vista e constroem a nossa narrativa. E quando somos confrontados com algo dissonante, isso causa dor, e ai sempre temos a opção de ignorar a nova informação ou de ampliar o nosso campo e somar este novo fato para a nossa narrativa - ou porque não, reescrever a nossa própria narrativa?
    E acho que foi isso que o arquiteto quis fazer também...criar uma cognitive dissonance, uma estranheza para as pessoas, que precisam entrar na box para enxergar o parque e assim somar esse novo ítem do dia a dia na narrativa de cada um.

    Enfim..não sou nenhuma expert no assunto (longe disso!!), mas já que é para escolher, rs, ao invés de frames, que nos moldam, acho que prefiro pensar em narrativas que construimos, e que contam sobre nós, nossa história, nosso entorno. Frames são muito duros pra mim, prefiro algo mais encantado, mas não menos reflexivo :)

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  6. Oiiii Lu, adorei o comentario entusiasmado ;) como te falei, vc foi uma das primeiras pessoas que pensei quando estava fazendo o blog: "Ah, acho que pelo menos a Lu vai gostar" hehehehe. O documentário é uma ótima lembrança. Acredita que até hoje eu não vi? Vai já pra minha listinha... exatamente, vc captou o espírito. Uns enxergam umas coisas, outros veem outras. Acho que a gente vai sempre estar preso a alguma costume de como enxergar o mundo... e talvez não seja fácil ou necessário nos desfazermos disso. Mas é bom termos consciência dos frames, pq as vezes também nos limitamos por eles... E ai, quem sabe, tendo consciência podemos construir uma janelinha onde bem interessar hehehehe.

    Falando em narrativas.... quero escrever um post sobre "escrever"...acho que esse é um outro tema que dá muito diálogo e que eu queria explorar. Escrever esse blog tem me feito tão bem. E o blog tá sendo uma forma de construir algo que quero pra mim (ainda que não saiba exatamente oq). Uma nova narrativa de Carol? Uma certa ruptura com um "frame" da timidez e uma aposta em outra direção. Ta sendo ótimo "concretizar" meus pensamentos em algum lugar...Não deixa de ser uma forma de criação né? E criar faz tão bem... E isso me leva ao meu objeto de pesquisa: os bens materiais. Os bens são entre outra coisas uma forma de concretizarmos essas narrativas de mundo que queremos. O blog não é um bem tão concreto assim...mas é um instrumento que to desenvolvendo pra ajudar na minha auto-contrução hehehehehe Fui numa exposição chamada "the power of making" que fala exatamente disso...

    Tem rolado exposições legais por aí? Ahhhh, falando em TED e narrativas.... vc já viu o TED "the danger of a single story" (ou algo assim), nao viu? Se nao viu...amiga, valhe a pena!!! Trata exatamente de tudo isso....

    bjsssss

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  7. oiiiii carol!!!!!
    estou adorando a sua nova narrativa! e lógico que é concreto! afinal, pensamentos, culturas e ideias não são? pelo menos nos comportamos como se fossem..já que criamos barreiras, frames..que vão com certeza além do nosso imaginário :)

    E se o seu blog é um bem material? Espero que seja, se não minhas pastinhas de refs não teriam menor valor de consumo :) E pelo menos pra mim o seu blog já virou um bem material que estou adorando ler, me inspirar e portanto, consumir.

    Quero saber sobre essa exposição "the power of making". Super acho que a criação tem um mega poder transformador..não só no objeto que se transforma, mas principalmente no agente que cria, se desenvolve, se abre, se liberta :)

    não vi esse ted!! vou super ver, já anotei aqui!!
    bjsssss

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  8. Podia ter um "curtir" para os comentários né? Adorei ler a troca de vocês duas, Carol e Lu. =)
    Quando li o primeiro comentário da Lu, também pensei no "the danger of a single story", Carolzinha! Fala exatamente da limitação das narrativas por uma única perspectiva (ou frame, de certa forma...).
    Beijo grande!

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